“Mana Solta a Gata” – Hugo Mestre Amaro volta a casa

O Auditório Municipal antecipa as comemorações do Dia Mundial do Teatro (que este ano se assinala a 27 de Março) com uma improvisação a partir do universo de Adília Lopes com encenação de António Pires, pela companhia Teatro do Bairro.

Duas irmãs solteironas vivem juntas com uma gata que nunca deixam sair. Uma das irmãs casa, a outra pede-lhe uma carta a relatar pormenorizadamente a noite de núpcias. A outra manda-lhe um telegrama: “Mana, solta a gata!”.

Duas mulheres gordas. Muito gordas. Tão gordas que andam devagar. Quase não andam. Mas andam e dizem as coisas que a Adília Lopes escreveu, bem devagar. O espectáculo é uma coreografia oriental lenta. Mas só tem 1h30 e, por isso, passa-se rápido. Têm muito que fazer. Há um homem. É mau. Usa botas, cartola e bigode antigo em W. O homem guarda o espaço onde as mulheres fazem o que têm de fazer. Às vezes parece um domador de mulheres gordas. Nada disto é grotesco. Nem o movimento, nem a actuação. É hiper-realista. E tem música a pontuar toda a coreografia. Por isso, “Mana, Solta a Gata” é um Musical Hiper-realista.

O espectáculo tem a duração de 1h10 e conta para além das interpretações de João Araújo e Rafael Fonseca, com a interpretação de Hugo Mestre Amaro, Filho de Olhão, de onde saiu aos 18 anos para Lisboa, onde tem vindo desde aí a cimentar um curriculum, considerado por muitos, já invejável nas artes performativas.

http://www.youtube.com/watch?v=Q7kQ_cbEo5M

António Pires conseguiu atingir um dos aspetos da poesia de Adília Lopes, em que o prosaico se torna poético através do apuro formal, criando uma nova linguagem.” Helena Simões, no Jornal de Letras.
Texto completo, aqui: http://qru.11.sl.pt

O espetáculo de António Pires evidencia toda a fantasia, originalidade e real poesia que existe na escrita de Adília Lopes“. João Carneiro, no Expresso. Texto completo, aqui: http://qq8.hx.sl.pt

Parece um percurso solitário em que se percebe que não há sítio para esta mulher. As referências dela e os valores dela são antigos.” António Pires para Gonçalo Frota, da Time Out. Texto completo, aqui:http://qpb.wb.sl.pt

… uma longa dissertação sobre os inadaptados, os desajustados, feita de jogos de linguagem, trocadilhos, conversas quotidianas estilizadas tornadas quadros do quotidiano, num espetáculo imperdível“. Joana Emídio Marques, no Diário de Notícias.
Texto completo, aqui: http://qpb.95.sl.pt

FICHA TÉCNICA
Adaptação, dramaturgia, concepção cénica e encenação: António Pires; Intérpretes: Hugo Mestre Amaro, João Araújo, Rafael Fonseca;
Figurinos: Luís Mesquita;
Desenho de Luz: Vasco Letria
Apoio coreográfico:Paula Careto;
Costureira: Rosário Balbi;
Adereços: Carla Freire;
Ilustração: Joana Vilaverde;
Assistente de encenação: Tomás Nolasco;
Administração financeira: Ana Bordalo;
Coordenação de produção: Andreia Luís;
Produtor: Alexandre Oliveira;

M/14

ANTÓNIO PIRES
António Pires tem desenvolvido um trabalho de encenador que se poderia designar como Teatro Coreográfico, onde o texto e as imagens se fundem e funcionam como se de uma coreografia se tratasse.
Durante 14 anos este criador trabalhou como freelancer a convite de companhias e teatros de elevada notoriedade cultural e tão variados como: Teatro da Cornucópia, Teatro Plástico, Teatro Nacional de São João, Teatro Nacional D. Maria II ou S. Luiz Teatro Municipal. Paralelamente, António Pires tem vindo a desempenhar funções como professor em instituições como o Chapitô e a Escola Superior de Teatro. É com a Ar de Filmes, desde há 7 anos, que este criador tem a possibilidade de desenvolver um trabalho permanente com um grupo de artistas e criativos que são parte integrante do seu percurso artístico, nomeadamente: o cenógrafo João Mendes Ribeiro; a dramaturga Luísa Costa Gomes; a guionista Maria João Cruz; os compositores e produtores musicais Paulo Abelho e João Eleutério e o desenhador de luz Vasco Letria.

ADÍLIA LOPES
Adília Lopes, poetisa, cronista e tradutora, é o pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, nascida em Lisboa a 20 de Abril de 1960.
As principais influências literárias assumidas por Adília Lopes são Sophia de MelloBreyner Andresen e Ruy Belo, mas também a Condessa de Ségur, Emily Brönte, Enid Blyton, Roland Barthes ou Nuno Bragança.
O estilo da poetisa, aparentemente coloquial e naïf, está repleto de jogos fonéticos, associações livres, rimas infantis e idiomas estrangeiros. Os temas do quotidiano, principalmente femininos e domésticos, são tratados com humor e auto-ironia, candura e crueza, inteligência e intencionalidade.

Localização:
Edificio Auditório Municipal de Olhão
Avenida 16 de Junho
8700 Olhão

Horário da Bilheteira:
De Terça a Sexta-feira, das 14h00 às 18h00.
Em dias de espetáculo às 21h30, reabre às 20h30;
Em dias de espetáculo às 16h00 reabre às 14h00

Reservas:
Através do email auditorio@cm-olhao.pt ou através do telefone 289 700 160

Horário:

26 de Março de 2016 – 21:30

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