Alimentação artificial da praia dos Cavacos avança em breve
“Um anseio antigo e um projeto em cuja execução me empenhei pessoalmente”. É assim que o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, reage à notícia de que, ainda este ano, será possível “ir a banhos” na praia dos Cavacos: a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa já deu luz verde ao projecto de valorização hidrodinâmica da barra da Armona e alimentação artificial da Praia dos Cavacos.
Referindo-se à obra que agora arranca no terreno, o autarca acrescenta que “ver o concelho de Olhão com mais uma zona balnear, ainda por cima enquadrada numa paisagem como a da praia dos Cavacos, é motivo redobrado de satisfação. Esta intervenção, a par de outras que esperamos aconteçam a tão breve trecho quanto possível, na zona poente da Avenida 5 de Outubro, devolverão ao concelho de Olhão outras tantas praias continentais, que fazem parte do imaginário dos olhanenses”.
Esta valorização hidrodinâmica tem como objectivos complementares a remoção de sedimentos nos canais da bacia de manobra do cais da ilha da Armona, e a sua utilização na alimentação artificial da praia dos Cavacos.
O custo total da intervenção é de cerca de 150.000 euros, com financiamento comunitário através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa.
O projecto encontra-se já terminado, encontrando-se neste momento em fase de conclusão os procedimentos de contratação da execução da empreitada e da prestação de serviços de fiscalização. O prazo de execução é de 60 dias.
Para além dos Objectivos já enunciados, perspectiva-se, igualmente, com a alimentação artificial da praia dos Cavacos, aumentar a hidrodinâmica lagunar, potenciando uma maior área de influência do “prisma de maré” da barra da Armona, com a consequente diminuição da deformação das marés e melhoria dos valores naturais do sistema, através do aumento da taxa de renovação da água.
A intervenção irá também proporcionar uma maior mobilidade às actividades piscatórias, através da melhoria das condições de navegabilidade dos canais, e da exploração de viveiros, com o aumento da circulação de nutrientes, uma menor hipótese de concentração de possíveis produtos tóxicos e uma maior disponibilidade de oxigénio na coluna de água.