Ruben Faria promete dar “o máximo” para vencer Dakar2014

O português Ruben Faria, segundo classificado nas motas no Dakar2013, assumiu hoje a ambição de “dar o máximo” para vencer a próxima edição do rali de todo-o-terreno, em Janeiro de 2014.

“O acordo que estabeleci com a KTM corresponde a uma nova fase na minha vida, que é deixar de ser ‘aguadeiro’ do Cyril Despres ou de qualquer outro piloto para dar o meu máximo para vencer a prova. Não vou dizer que vou ganhar a prova, mas sei que vou dar o meu melhor”, afirmou Ruben Faria, num encontro com jornalistas, em Lisboa.

No Dakar2013, o português, de 38 anos, gastou mais 10.43 minutos do que Despres, que após ter ganhado a prova pela quinta vez deixou de ser chefe de fila da KTM, algo que chamou a atenção de outras equipas.

“Fui sondado por outras equipas, como é óbvio, mas tenho uma boa relação com o Team Red Bull-KTM e com os mecânicos e preferia ficar. Entretanto fizeram-me uma boa proposta, eu assinei e estou bastante feliz”, salientou o algarvio.

Depois de ter assinado um contrato válido por dois anos com a KTM, que não vai contar com Despres, Faria vai “partilhar” a moto oficial com o espanhol Marc Coma, três vezes campeão do Dakar, com o norte-americano Kurt Caselli, enquanto o chileno Francisco “Chaleco” López, terceiro em 2013, será piloto da marca, mas tem uma estrutura própria, tal como o polaco Jakub Przygonski.

“Se, se como é a sua vontade, o Cyril correr de mota, será o maior adversário porque é o que tem mais títulos. O Marc também já venceu três e é bastante forte. O facto de estar na mesma equipa do Marc não me impede de ser amigo dele e de lutar contra ele”, referiu o algarvio, remetendo para mais tarde a identificação do seu “mochileiro” para o Dakar2014.

Faria revelou ainda que irá voltar a testar o novo motor da mota ainda este mês em Espanha, antes de participar em Julho no Rally dos Sertões, no Brasil, e no rali da Argentina, no âmbito da sua preparação mental para deixar de ser “mochileiro” e passar a ser candidato à vitória, apesar dos escassos patrocínios portugueses.

“Esta é uma modalidade que vive de patrocínios. Eu sou um privilegiado porque tenho patrocinadores estrangeiros, mas dão-me espaço para ter apoios pessoais e eu não consegui vender esses espaços em Portugal”, lamentou o algarvio, realçando o interesse manifestado recentemente por uma empresa de Olhão.

Depois de ter coadjuvado Despres desde 2010, Faria mantém a amizade e o contacto com o francês, muitas vezes devido à ansiedade comum da paternidade, uma vez que ambos vão ser pais em breve, algo que levou o português a pedir “dispensa” das provas agendadas para abril e maio.

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