Como criar o próprio emprego? Foi a esta resposta que representantes do Centro de Emprego de Faro, do Microcrédito e do Município de Olhão tentaram responder ontem à tarde no Salão da Casa do Povo do Concelho de Olhão em Moncarapacho. A sessão, destinada a desempregados, teve casa cheia.
O desemprego no Algarve é preocupante. O Município de Olhão, atento a esta problemática decidiu, em parceria com o Centro de Emprego de Faro, realizar um conjunto de sessões subordinadas à criação do próprio emprego. A primeira decorreu ontem à tarde em Moncarapacho, com cerca de 200 pessoas na assistência. Seguem-se Fuseta (12 de março, no Centro Comunitário da delegação da Fuseta da Cruz Vermelha Portuguesa), ACASO – Quinta do Brejo (11 abril), Junta de Freguesia de Pechão (19 abril) e Biblioteca de Olhão (23 abril).
Para ultrapassar o problema da pouca atividade laboral, os técnicos do Centro de Emprego de Faro – António Palma, diretor do centro, e Vítor Madeira, responsável pelo PAECPE (Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego) do Algarve, assim como Laura Soares, representante da Associação Nacional de Direito ao Crédito, deram algumas dicas à assistência. Também o vereador do Município de Olhão António Camacho, com o pelouro da Ação Social, referiu as possibilidades que a Autarquia, apesar de não ter a responsabilidade de criar empregos, disponibiliza para a criação de projetos financiados, nomeadamente através do Grupo de Ação Costeira (GAC) do Sotavento, sedeado em Olhão, ou da Rede Social, entre outros.
“Estamos dispostos a ajudar a abrir uma janela de oportunidade para cada um de vós, desde que estejam disponíveis para isso”, disse o autarca à plateia, referindo-se nessa oferta de ajuda igualmente a instituições como a ACASO, a Casa do Povo de Moncarapacho ou a Cruz Vermelha da Fuseta.
“Sou uma pessoa com sorte porque tenho emprego!”, começou por dizer o diretor do Centro de Emprego de Faro, António Palma, incentivando ao pedido de ajuda ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelando, assim como Vítor Madeira, as várias alternativas existentes para abrir um negócio, fazer formação ou até as ofertas de emprego que existem fora do País.
Laura Soares, que explicou em que consiste o microcrédito, destinado a pessoas que não têm como solicitar ajuda financeira aos bancos; é a instituição que faz a mediação entre as duas partes. O microcrédito aposta no empréstimo de pequenas quantias e destina-se tanto aos desempregados como a trabalhadores precários ou a proprietários de negócios já existentes.
Para mais informações os interessados podem encontrar todos os pormenores em http://www.iefp.pt ou em http://www.microcredito.com.pt.