A bandeira portuguesa na abertura do Mundial

Pete tha Zouk vai fazer a festa oficial do primeiro dia na Copa do Brasil. Promete levantar a bandeira nacional bem alta e confessa que gostava de actuar para os jogadores nacionais.

Há um português convocado para a festa de abertura do Mundial: chama-se António Pedro, tem 35 anos e é de Olhão. Assim é capaz de não lhe dizer muito, não é?

Mas pelo nome artístico não é difícil lá chegar. Pete tha Zouk.

O conhecido DJ algarvio foi convidado a estar na festa de inauguração do Mundial e entra em campo logo que Brasil e Croácia saírem do relvado. Inicialmente até estava previsto que a actuação do português fosse no Corinthians Arena, palco do primeiro jogo, mas à última da hora o espectáculo de música foi mudado para o Estádio Morumbi, ali pertinho do Corinthians Arena.

«Por questões de segurança mudaram para o Morumbi. Só para se perceber, a actuação no encerramento do Mundial vai ser feita pelo Avicii e essa acontece no Maracanã, mesmo. No caso de São Paulo, e como a cidade atravessa convulsões sociais muito fortes, consideraram mais razoável fazer noutro estádio e dividir o cruzamento de pessoas.»

A bandeira de Portugal bem levantada ao céu

Pete tha Zouk falou com o Maisfutebol a partir de Florianópolis, onde se encontra para participar no festival Winter Play. Confessou a surpresa pelo interesse e até confessou o prazer por ser entrevistado «para o site número um de informação desportiva».

«Vão existir uma série de eventos ligados à abertura do Mundial e eu recebi o convite da Casa Pelé do Futebol para fazer a festa da abertura após o jogo. Vou ser o único português num evento oficial da abertura do Mundial e foi claro um grande prazer para mim.»

Por isso Portugal vai estar representado.

«No dia de abertura vou estar lá com a bandeira portuguesa bem levantada, claro, a fazer uma grande festa e muito orgulhoso.»

Um convite que não o surpreendeu, adianta, até porque nos últimos tempos tem tido «uma crescente visibilidade internacional».

Esteve recentemente, por exemplo, no Sambódromo de Sapucaí, no BH Dance Festival, no Paradise Weekend e em várias casas de referência da música de dança: Green Valley, Posh, Café de La Musique e Privilège do Rio Janeiro. No Brasil, aliás, é um nome muito forte.

«A festa vai acontecer atrás de uma das balizas, vou ter duas bandas de música brasileira de apoio e a lotação vai ser de dez mil pessoas. Não vou ter um setlist, prefiro olhar para as pessoas e dependendo do que percebo na cara delas vou fazendo a minha actuação. É um pouco por instinto.»

Pete tha Zouk toca o que for necessário para manter o público feliz.

Pelo caminho, e cumprindo este sonho de estar num evento oficial do Mundial, o DJ algarvio confessa também que gostava de ser chamado a fazer a festa com a selecção nacional.

«Era bastante interessante. Por várias razões. Vou ter de voltar à Europa depois da abertura do Mundial, mas tenho fé que Portugal vai vencer a Alemanha e assim sendo terá muito caminho para andar. Quando voltar ao Brasil em julho, estarei entre 4 e 5, terei todo o prazer em presentear os jogadores da selecção com uma performance. Para além disso era sinal de que Portugal chegava pelo menos aos quartos de final.»

Estar com os jogadores da equipa nacional não seria algo novo para Pete tha Zouk.

«Quando em 2004 a selecção esteve no Algarve, de onde sou natural, estive no hotel e entreguei uns CD’s aos jogadores. Foi espectacular, eles ficaram contentes, reviram-se no CD e tirámos muitas fotos. Tirei uma com o Cristiano Ronaldo em que ele está com os meus fones e eu com uma bola.»

«Todos eles conheciam o meu trabalho, alguns diziam-me que tinham estado num espectáculo meu no Pacha de Ofir, outros que tinham estado comigo numa festa em Lisboa… Em outra ocasião estive com o Ronaldo, o Nani e o Raul Meireles, que encontrei por acaso numa festa no Algarve onde estar a actuar. Enfim, ia ser bom sinal para todos se eu atuasse para eles no Brasil.»

Para já, e enquanto isso não é possível, Pete tha Zouk tem pelo menos a certeza: a bandeira nacional na festa de abertura do Mundial vai andar nas costas dele. «É um orgulho.»

Quinta-feira: mãos no ar, corpos a dançar e um cheirinho a verão com o Mundial a abrir sorrisos.

Por Sergio Pereira

In http://www.maisfutebol.iol.pt

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